A história da doença mental , ou loucura, é relatada desde os primórdios da civilização, onde a pessoa considerada anormal era abandonada à sua própria sorte, para morrer de fome ou por ataques de animais. Hoje é sabido que a doença mental, explicada por causas biológicas, psicológicas e sociais, necessita de assistência adequada, tratamento, com a finalidade de ressocialização do doente e de apoio adequado para este e para a família. A ressocialização ainda é difícil, pois a doença mental em alguns casos, ainda é vista como transgressões de normas sociais, considerada uma desordem, não é tolerada e, portanto, segregada. A estigmatização da loucura faz com que o doente perca a sua cidadania, sofra preconceitos e seja segregado da sociedade. Assim, é importante ressaltar a necessidade de esclarecimento da população sobre a doença para que os preconceitos e estigmas diminuam. A falta de preceitos éticos e a falta da conscientização da cidadania, faz com que haja concordância dos portadores de transtorno mental sobre o estigma da loucura. O próprio doente refere que a única solução para o “problema do doente mental é a internação em hospital psiquiátrico”, demonstrando a aceitação desses portadores da exclusão como forma de tratamento e, este paradigma, reflete o estigma da loucura , onde o louco é segregado da sociedade. Com relação ao medo e a dor da loucura, destacamos que assumir a doença, a loucura, é assumir que não se tem controle da vida, do comportamento, é ser desacreditado perante os demais, é perder sua cidadania e perder seus direitos enquanto pessoa. Os pacientes visualizam o louco de forma marginalizada, como alguém que não age conforme os padrões da sociedade, como por exemplo, referem não ser “louco”, nem sempre são estes os comportamentos vivenciados pelos doentes. O reconhecer e aceitar a doença fazem a diferença, pois o tratamento é entendido como necessário e essencial para a melhora da qualidade de vida de pacientes e familiares. Porém, o sucesso do tratamento está diretamente relacionado ao modo de como o paciente compreende sua doença e o que faz com tudo, a partir disso. E desta forma afirmamos sobre a necessidade de um acompanhamento integrado para o paciente e seus familiares, fazendo com que desta forma seja aliviado o sofrimento gerado e auxiliado para a melhor ressocialização do paciente. PSICOFOBIA É UM CRIME! (Psicofobia é o preconceito contra os portadores de Transtornos e Deficiências Mentais). Dra Elisa Fasolin Mello Médica Psiquiatra